Dois foram presos apontados como autores do assassinato.
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OLHO DE BOTO
A polícia prendeu nesta quarta-feira (30) dois homens apontados como autores da morte do servidor público José de Moraes Miranda, assassinado aos 57 anos, com quase 20 facadas, no dia 20 de maio, no Quilombo do Curiaú, em Macapá. Um menor, que também teve participação, segundo a polícia, foi ouvido.
De acordo com o delegado Wellington Ferraz, da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), os três – Ramon dos Santos do Rosário, de 26 anos; Denis da Paixão Oliveira, de 21 anos; e o menor com iniciais V. R. O. P – confessaram participação na morte do homem, que era servidor da Secretaria Municipal de Obras (Semob).
O crime, segundo o delegado, foi motivado por vingança.
Delegado Wellington Ferraz, da DCCP Foto: Olho de Boto
De acordo com Ferraz, um dia anterior ao crime, Ramon, que era sobrinho da mulher da vítima, teve um desentendimento com o filho de José Miranda. Os dois foram às vias de fato.
Na ocasião, o servidor público, diz o delegado, interveio em defesa do filho, e foi ameaçado de morte por Ramon, que também fez ameaças ao filho da vítima. No dia do crime, Ramon consumia bebida alcoólica com Denis e o menor, quando comentou sobre a confusão. Os três decidiram, então, em comum acordo, segundo Ferraz, vingar-se do servidor público.
“Eles sabiam a rotina da família, e sabiam, portanto, que naquele dia, a vítima estava sozinha em casa”, falou o delegado.
Ramon dos Santos do Rosário, de 26 anos Foto: Olho de Boto
O trio arrombou a porta da casa e invadiu o imóvel, todos estavam armados com facas. Eles desferiram 18 facadas em José Miranda, e roubaram uma espingarda que havia na residência.
Denis da Paixão Oliveira, de 21 anos Foto: Olho de Boto
De acordo com Ferraz, os dois maiores de idade vão responder por homicídio qualificado, com requintes de crueldade e impossibilidade de defesa da vítima, associação criminosa e corrupção de menores, por terem envolvido um menor no crime.
Junto com a dupla, a polícia apreendeu duas facas, que teriam sido utilizadas para matar o servidor público.
