A ex-deputada federal e ex-vice-governadora do Amapá, Dalva Figueiredo, publicou uma carta onde faz severas críticas às gestões atual e passada do Partido dos Trabalhadores (PT). Segundo ela, a direção estadual do partido omitiu que era complicada a situação jurídica da legenda, o que afetou a campanha dela e de todos os candidatos nesta eleição.
Para ela, a condição de inelegibilidade dos candidatos demonstrou total irresponsabilidade.
“Primeiro da gestão passada, que usou o fundo partidário e não prestou conta no ano de 2015, segundo da atual gestão, que não resolveu o problema logo que assumiu, em 2017, e esperou a eleição começar para correr atrás do ‘prejuízo’”, disse ela.
Dalva Figueiredo disse que os candidatos foram induzidos a continuar fazendo campanha, inclusive utilizando recursos próprios, sem saber do problema jurídico do partido, que teve o registro no TRE suspenso por falta de prestação de contas de 2015.
O presidente da legenda era Joel Banha. O atual presidente, Antônio Nogueira, precisou fazer um acordo este ano onde o PT se comprometeu a devolver, corrigidos, cerca de R$ 800 mil.
Dalva durante a campanha. Foto: Reprodução
Apesar da situação do partido, Dalva e outros candidatos receberam cotas do fundo eleitoral para a campanha deste ano. No caso de Dalva, que concorreu ao cargo ode deputada federal, cerca de R$ 400 mil.
“Se soubéssemos que a situação era essa, nem teríamos entrado na disputa, porque eu primo pela ética e transparência na política”, acrescentou.
Novo caminho
Dalva Figueiredo declarou apoio ao candidato Waldez Góes (PDT), consolidando o rompimento, por ora, com o PSB, que substituiu Marcos Roberto Marques (PT) por Andréia Tolentino na chapa como vice.
“Vou seguir um novo caminho e apoiar Waldez 12, ao mesmo tempo em que sigo firme com Haddad 13, como o melhor para o Amapá”, concluiu.
