Arma de fabricação caseira dificultou negociação, segundo o Bope, pelo risco que a arma tinha de disparar a qualquer momento
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Por RODRIGO INDINHO
Após quase duas horas de negociação com a Polícia Militar, o criminoso que mantinha uma cabeleireira refém, em um salão de beleza no Bairro dos Congós, se rendeu. Por volta das 20h, o bandido libertou a vítima que estava sob a mira de uma arma de fogo.
Arma de fabricação caseira usada pelo criminoso. Fotos: Rodrigo Indinho
O major Kleber, comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), informou que a maior dificuldade na negociação foi o fato de o bandido estar portando uma arma de fabricação caseira. Segundo o major, pela precariedade o armamento poderia disparar a qualquer momento.
“Ele é muito frio. Na negociação, ele conversava muito bem com os negociadores. Estava consciente do que estava fazendo e isso nos preocupou. Tanto que se estivesse nervoso, violento, algo pior poderia ter acontecido”, disse o comandante do Bope.
Major Kleber (comandante do Bope): Tunai Silva negociava com frieza
O policial disse também que, durante o processo de rendição, o bandido pediu a presença de familiares, da imprensa e água. Após isso, ele se entregou.
O criminoso foi identificado como Tunai da Silva de Souza, de 19 anos. Consta contra ele dois mandados de prisão que estavam em aberto. A polícia confirmou que Tunai também participou de várias outras situações de roubo na cidade, inclusive uma crise com refém nos Congós.
Cena do crime foi isolada pela polícia
A mulher que foi mantida refém, a funcionária do salão de beleza, foi socorrida por uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar (CBM). Ela não sofreu ferimentos graves.
O caso
Tunai da Silva de Souza e uma adolescente entraram em um salão de beleza no fim da tarde, fingindo que eram clientes. Quando a jovem seria atendida, a dupla anunciou o roubo. A proprietária do estabelecimento conseguiu fugir do local, enquanto o criminoso acabou fazendo uma funcionária de refém.
Após exigência, Tunai Silva se rendeu
A adolescente, ao tentar fugir da cena do crime, foi capturada por populares e chegou a ser agredida. Após a chegada da polícia, ela foi apreendida e encaminhada à Delegacia Especializada em Investigação de Atos Infracionais (Deiai). Tunai da Silva de Souza foi encaminhado para depor na Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio (DECCP).
