Por 47 votos a 28, o Senado derrubou, na noite desta terça-feira (18), o decreto do presidente Jair Bolsonaro (PSL) que flexibilizava o porte de armas no Brasil. A bancada do Amapá se dividiu na hora de votar no projeto de decreto legislativo de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede).
O senador Lucas Barreto votou pela manutenção do decreto presidencial. Davi Alcolumbre (DEM), como presidente da Casa, não pôde votar, mas manifestou apoio ao projeto do colega do Amapá. Randolfe, evidentemente, votou no próprio projeto.
O Senado defende que a flexibilização deva ser determinada por uma lei específica aprovada pelo Congresso, e não por um decreto unilateral. Além disso, o autor do projeto afirma que o decreto de Bolsonaro permitia a aquisição de armas de grosso calibre, capazes de perfurar coletes e blindagens.
Agora, o projeto segue para a Câmara, com tendência de uma nova derrota para o governo.
“Instituiria o bang-bang no Brasil. Vai para a Câmara, e vamos acompanhar. Vamos afirmar o papel do Congresso contra os excessos e contra o autoritarismo, principalmente em defesa da vida”, comentou o senador Randolfe Rodrigues.
