O senador Lucas Barreto (PSD) tem defendido a exploração das montanhas de fósforo da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca). O mineral é um componente caro e essencial para o preparo do solo antes e depois do plantio. Existe uma demanda mundial por fósforo na agricultura, cuja reserva no Amapá chega a dezenas de milhões de toneladas.
De acordo com o parlamentar, o Amapá possui três grandes montanhas de fósforo já identificadas dentro da reserva, hoje ainda fechada para exploração, numa área que compreende 4 milhões de hectares de terras no município de Laranjal do Jari e parte do Pará. As jazidas ficam há cerca de 80 km da sede do município, que por sua vez está a 268 km de Macapá.
“Hoje nós importamos fósforo da Rússia”, explica o senador.
“Toda a planta no início da sua vida precisa desesperadamente de fósforo, é o que faz ela crescer. É um macronutriente. Depois que cresce ela vai precisar de nitrogênio e potássio, os outros dois macronutrientes. Lá (na Renca) tem o fósforo, que é o mais caro de todos”, complementa.
Senador Lucas Barreto: O Brasil importa fósforo da Rússia, enquanto o Amapá tem milhões de toneladas a serem exploradas. Foto: Rodrigo Índio/Arquivo SN
Em 2017, o então presidente Michel Temer (MDB) chegou a editar um decreto abrindo a Renca para exploração, mas, pressionado por ações judiciais e por uma campanha conservacionista nas redes sociais, acabou recuando.
Quando esteve no Amapá, em abril, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) prometeu iniciar tratativas para abertura da Renca, mas ficou apenas no discurso. Se o fizer, ele terá que enfrentar forte resistência no Congresso. Se vencer a queda de braço, o Amapá verá uma corrida empresarial por licenças de exploração.
