Vítima precisou aguardar várias horas para fazer um exame
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ANDRÉ SILVA
O motorista Robson Oliveira dos Santos, de 41 anos, que teve o carro atingido por uma árvore na BR-156 no Dia de Natal, morreu na última quarta-feira (27). A família acredita que a demora nos procedimentos do HE pode ter piorado o quadro clínico da vítima.
O acidente ocorreu quando o motorista seguia no sentido Oiapoque/ Macapá. O carro ficou completamente destruído. Um avião enviado pelo governo do Estado transportou a vítima para Macapá, mas no HE houve demora.
A família diz que o motorista esperou por mais de 24 horas para fazer um exame que só poderia ser feito em uma clínica particular que tem convênio com a Secretaria de Saúde (Sesa).
Motorista no corredor do HE aguardando por exame. 24 horas de espera
Raquel Oliveira, irmã da vítima, disse que o irmão chegou a fazer o exame de tomografia, mas que isso só aconteceu depois que a ambulância do hospital foi consertada.
“Foi uma série de fatores que favoreceram para a morte do meu irmão. Primeiro a negligência no Oiapoque. A busca dele no local do ocorrido, sei que a queda da árvore foi uma fatalidade, mas o socorro demorou demais. Ele foi levado atrás de uma carroceria do carro dos Bombeiros”, lamentou a irmã.
Maria das Dores, mãe do motorista. Fotos: Olho de Boto
A direção do Hospital de Emergência disse que caso do motorista era muito grave e que ele precisava se “estabilizado”, e só então ser encaminhado para exame. Garantiu também que não houve falta de ambulância para levar o paciente até a clínica que tem convênio com a Sesa para fazer o exame.
No dia da fatalidade, chovia e ventava muito. A força do vento ocasionou a queda da árvore que atingiu em cheio o veículo de Robson Oliveira. Ele foi sepultado em Macapá, deixando mulher e quatro filhos.
