Criminosos estão se passando por promotor, delegado e até juiz para cobrar valores de familiares
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OLHO DE BOTO
O delegado plantonista do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do Bairro Pacoval, Anderson Silwan, alerta para mais um golpe que está se tornando comum em Macapá. Bandidos estão se passando por promotor de justiça, delegado e até juiz. Os criminosos ligam para familiares de presos e aplicam o “golpe da audiência de custódia”.
De acordo com o delegado, os criminosos estão tendo acesso à relação de nomes e contatos de presos custodiados e que aguardam encaminhamento para a audiência.O telefone usado pelos golpistas é do DDD 85, da cidade de Fortaleza, no Estado do Ceará.Um dos criminosos se apresenta como José Airton. Ouça os áudios.
Eles telefonam para os familiares dos presos, se identificam, passam o número de uma conta da Caixa Econômica Federal e estipulam um valor para depósito, que fica em torno de R$ 2 mil a R$ 1,5 mil reais,com a promessa de libertar o preso.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que quer saber como os criminosos conseguem a relação de presos que seguirão para a audiência de custódia. Somente nessa semana, foram três casos registrados no Ciosp do Pacoval.
De telefone de Fortaleza, bandido pede depósito para audiência. Imagens: reprodução
Criminoso justifica para vítima que conta seria oficial. Um engodo
O delegado Anderson Silwan explica que a Polícia Civil não liga para fazer a cobrança de valores.
“Orientamos a duvidar desse tipo de contato. A Polícia Civil não fornece conta bancária de qualquer tipo para realizar depósito. Toda vez que entra em conato é para comunicar que a pessoa foi presa .Sendo afiançável, a pessoa necessariamente tem que comparecer no Ciosp do Pacoval porque vai ser fornecido um boleto pessoalmente ou então irá pagar em espécie esse valor”, disse o delegado.
Segundo Silwan, a Polícia Civil do Ceará informou que essa é uma prática já corriqueira no estado.
