Motocicleta foi apreendida e entregue no Ciosp do Pacoval. Fotos: Rodrigo Indinho/SelesNafes.com
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RODRIGO INDINHO
Na manhã desta sexta-feira (20), uma motocicleta com adulteração grosseira na placa foi apreendida no bairro Novo Horizonte, zona norte de Macapá. O dono do veículo alegou que burlou a identificação para evitar multas de trânsito aplicadas na capital.
Uma equipe do 2°BPM fazia patrulhamento pela rua Francisco Cassiano da Costa, quando avistou a motocicleta estacionada e com a placa possivelmente adulterada.
Ao ser verificada, via sistema de informações do Centro Integrado de Operações da Defesa Social (Ciods), os policiais constataram que a numeração da placa, NEA 5111, correspondia a de um carro, um Gol de cor prata, registrado em Manaus-AM. Á identificação verdadeira da moto é NFA 5111, registrada no município amapaense de Santana.
O próprio infrator apresentou várias multas atribuídas à numeração original para provar que não estava mentindo.
De acordo com o cabo Portela do 2° Batalhão de Polícia Militar (BPM), o infrator deu várias desculpas antes de confessar a adulteração grosseira. “No começo da conversa, ele disse que havia alugado a moto para um amigo do [Conjunto Cidade] Macapaba [zona norte de Macapá]. Pedimos para ir lá ou para ele ligar para esse amigo. Então, ele já passou a dizer que o amigo se mudou e trocou de número. Por fim, assumiu e disse que modificou a placa para fugir de multas aplicadas pela CTMac [Companhia de Trânsito de Macapá]”, relatou o policial.
Sem passagens pela polícia, o motoqueiro, um ex-vigilante de 40 anos, que é o proprietário da moto, foi conduzido até o Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do bairro Pacoval. Lá, ele disse que transformou o “F” da placa em “E”, usando fita isolante, porque foi multado injustamente diversas vezes. Ele mesmo apresentou várias notificações de multas atribuídas à numeração original.
Adulteração: “F” foi transformado em “E” com pedaço de fita isolante. Foto: Divulgação
“Como estou desempregado, às vezes, rodo de mototaxista clandestino e sempre sou multado. Apenas quero sustentar minha família. Se não tem nem como sustentar, como vou pagar essas multas? Essa foi a forma que achei para fugir da fiscalização”, justificou.
Ele terminou autuado por adulteração de sinal identificador de veículo automotor, crime previsto no Artigo 311 do Código Penal Brasileiro, com pena prevista de três a seis anos de prisão, em caso de condenação. A Justiça, em audiência de custódia, ainda vai decidir se ele responderá em liberdade ou continuará preso.
