O governo federal deverá ser notificado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre as denúncias levantadas por indígenas da etnia waiãpi de invasão de terras, supostas ameaças, agressões, e até o homicídio de uma liderança local, ocorridos na região oeste do Estado do Amapá.
Nesta segunda-feira (29), o senador Randolfe Rodrigues (REDE) recebeu do representante do Grupo Promotora de Informaciones, Sociedad Anónima (Prisa para as Américas), Marcus Vinicius Ribeiro, a informação da entrada das entidades internacionais no caso, alertado pelos próprios indígenas durante o fim de semana.
Os ministérios da Justiça e também o do Meio Ambiente receberão notas oficiais pedindo esclarecimentos sobre a situação e questionando a necessidade de intervenção de forças internacionais. A nota que será encaminhada pela OEA será enviada de Washington (EUA), através da Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Já o documento da ONU, será enviado de Santiago (Chile) para os Assuntos de Direitos Humanos da População Indígena.
Após as denúncias feitas pelos indígenas sobre os episódios de violência, que teriam sido deflagrados por garimpeiros, equipes da Fundação Nacional do Índio (Funai), Polícia Federal, Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM, e Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram enviadas para a região.
A reportagem do portal SelesNafes.com apurou até o momento, com o comando da PM do Amapá, que o cacique morto no sábado (27), supostamente por garimpeiros, teria sido emasculado. Nesta segunda-feira (29), a Polícia Federal informou que chegou a usar um drone para mapear a aldeia onde os agressores teriam agido, mas nem vestígios de uma suposta invasão, nem garimpeiros foram encontrados, informação também confirmada pela Funai.
