A Delegacia Especializada em Crime Contra o Patrimônio (DECCP) começou a ouvir nesta quinta-feira (22) os policiais envolvidos nas circunstancias de morte do vigia Adriano Fortunato da Silva, de 30 anos. A Polícia Civil apura dois inquéritos, um por fraude processual e outro por homicídio.
O vigia foi morto durante uma ocorrência policial de roubo ao Banco Santander, localizado na Rua Cândido Mendes, no dia 10 de abril de 2017. Estão sendo ouvidos três militares e mais o chefe da guarnição que atendeu ao chamado. Os depoimentos ocorrem às portas fechadas devido ao sigilo das investigações.
Delegado Celso Pacheco: depoimentos em sigilo. Foto: Cássia Lima
Há uma linha de investigações que apura que a morte do vigia foi um homicídio e que houve violação na cena do crime. Os indícios apontam que a sala de informática do banco de dados com imagens foi invadido e alguns objetos foram danificados, mas as imagens originais não foram perdidas porque estavam em outra sala.
“Não podemos revelar detalhes ainda. Mas estamos trabalhando no caso e queremos concluir todos os interrogatórios hoje. Após isso, o procedimento será concluído”, disse o delegado.
Vigilante foi morto durante tentativa de roubo em agência bancária ao lado do prédio
Os advogados dos réus não permitiram imagens dos militares. A família do vigia não quis falar sobre o assunto.
Mesmo com o andamento do processo, a delegacia já adiantou que os militares envolvidos serão indiciados por homicídio, violação da cena do crime e fraude processual.
Adriano Fortunato estava sem uniforme e crachá quando foi encontrado sem vida. Na recepção do prédio da OAB, foi encontrado o notebook dele aberto em uma página de estudos. A vítima deixou esposa e dois filhos.
