Delegacia do Meio Ambiente (Dema) encaminhou Termo Circunstanciado à Justiça
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CÁSSIA LIMA
As investigações da Delegacia de Meio Ambiente (Dema) concluíram que o veterinário Fernando Mendonça Nazaré, de 39 anos, não praticou crimes de maus-tratos contra animais. O caso ganhou repercussão após vídeos mostrarem a clínica suja de sangue. O médico chegou a ser preso no dia 18 de janeiro deste ano.
A situação ocorreu após donos de cães em tratamento arrombarem a clínica veterinária, que fica na zona sul de Macapá, e encontrarem animais mortos e sujeira de sangue no local.
De acordo com o delegado de meio ambiente, Sávio Pinto, houve uma grande confusão no momento do arrombamento. Ele ouviu o veterinário, donos de animais que frequentavam a clínica e pessoas envolvidas na situação.
“Uma clínica veterinária é o local onde existem animais doentes. Não se espera que lá estejam animais sadios, foi apurado, ouvimos pessoas e chegamos a conclusão que não há um indicativo que diga que o médico veterinário praticou o crime de maus tratos”, frisou.
Donos de animais teriam provocado grande confusão após entrarem na clínica e verem sujeira e sangue pelo chão Foto: Olho de Boto
Ele destacou ainda que o cão encontrado no local foi submetido a uma amputação, que é um termo técnico designado para definir a retirada de um órgão para salvar a vida de um animal.
“Isso é diferente de mutilação que é quando uma pessoa aplica um golpe e arranca a pata de um animal sem motivo aparente. O que acontece é que esse médico tinha o hábito de operar os animais durante a noite. É natural que ele estivesse cansado pela manhã e agisse de forma estranha com pessoas arrombando o estabelecimento dele”, defendeu.
As investigações do processo foram enviadas por meio de um termo circunstanciado para a Justiça, que pode arquivar o caso, discordar e denunciar o veterinário ou pedir maior apuração da delegacia.
