Elton Lira também não constituiu advogado para defendê-lo no processo
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SELES NAFES
A juíza Priscylla Peixoto Mendes, da 1ª Vara Criminal do município de Santana, determinou a prisão preventiva do empresário Elton Félix Gobi Lira, no processo que apura um golpe superior a R$ 800 mil no Instituto de Previdência dos Servidores de Santana, o Samprev.
A juíza comenta na decisão, emitida no dia 26 de abril, que Elton Lira não vem comparecendo às audiências de instrução e não constituiu advogado para defendê-lo. Ela lembrou que os tribunais superiores adotam esse tipo de medida apenas para impedir que provas sejam perdidas.
“Por outro lado, uma vez que o acusado se ausentou do distrito da culpa, impedindo, com isso, o regular andamento do processo em prejuízo da efetiva aplicação da lei penal, e para que a fuga não se torne um alargamento da impunidade, fragilizando os mecanismos da Justiça”, disse a magistrada ao decretar a prisão.
Em 2015, a empresa Êxito Assessoria e Consultoria de investimentos foi contratada pelo Samprev para aplicar R$ 800 na bolsa de valores. O dinheiro foi repassado à empresa, que acabou não realizando o investimento.
A empresa também é processada por golpes semelhantes em outros municípios do Pará e, também, com pequenos investidores que perderam todas as economias.
Em junho do ano passado, Elton Lira chegou a ser preso em Belém, onde também responde a processos movidos pelas vítimas. Ele ficou preso até dezembro, quando ganhou o direito de responder em liberdade. O mandado expedido pela juíza de Santana ainda não foi cumprido.
A ex-companheira dele e sócia nas empresas, Dayanne Lima, também foi presa e encaminhada ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). No fim de abril a Justiça revogou sua prisão, mas arbitrou uma fiança de quase R$ 200 mil, que até a semana passada ainda não havia sido paga.
