Obras iniciaram em 2013 e, cinco anos depois, estão sem previsão de conclusão.
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ANDRÉ SILVA
Dois dos principais hospitais de Macapá se encontram com as obras paralisadas. Os trabalhos de reforma e ampliação do Hospital de Clínicas Alberto Lima (Hcal) e do Hospital da Criança e Adolescente (HCA) iniciaram em 2013 e, cinco anos depois, estão sem previsão de conclusão.
As atividades no canteiro de obras do HCA estão paradas há aproximadamente dois anos. Em 2016, a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinf) informou que retomaria as obras então paradas, e que um novo orçamento havia sido apresentado no valor de quase R$ 20 milhões. Mais de 60% da obra estão concluídos.
Obras no Hospital da criança e Adolescente Foto: Cássia Lima
Os trabalhos reiniciaram, mas foram paralisados novamente, desta vez, segundo a Seinf, porque o contrato com a empresa foi reincidido. A secretaria informou que analisa a readequação dos projetos e orçamento, e que uma nova licitação para a retomada da obra deve ocorrer em 60 dias.
O mototaxista Adelson do Nascimento de Jesus, de 42 anos, trabalha num ponto que fica em frente ao hospital há 12 anos. O motoqueiro contou que já passou momentos difíceis quando precisou internar o filho na pediatria.
“Eu precisei dos serviços da pediatria, só que, quando eu trouxe meu filho aqui, não tinha nem seringa, e eu estava sem dinheiro no dia e tive que pedir emprestado”, lembrou o motoqueiro.
Mototaxista Adelson do Nascimento de Jesus Foto: André Silva
No Hcal, as obras do novo centro cirúrgico completam cinco anos em junho. Os serviços já paralisaram e reiniciaram algumas vezes.
O hospital é o único no Amapá que oferece serviços de alta complexidade. Menos de 50% da obra foram concluídos. Em abril do ano passado, a Seinf informou que o valor de investimento seria de R$ 16 milhões, e que, deste valor, R$ 5 milhões já haviam sido empregados no local.
Obras no Hospital de Clínicas Alberto Lima Foto: André Silva
Segundo o órgão, para dar prosseguimento à obra, parte do prédio precisa ser desocupada. Este problema foi detectado em 2016, mas, até agora, nada foi feito.
A Seinf informou que as obras serão retomadas até o fim de junho deste ano, prazo estipulado pela direção do hospital para que o local seja liberado.
