Segundo o MPE, a candidata a deputada federal prometeu defender fieis e pediu votos durante evento religioso
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SELES NAFES
Um culto evangélico acabou virando comício para a candidata a deputada federal, Aline Gurgel (PRB). É o que afirma o Ministério Público Eleitoral, que conseguiu uma decisão proibindo a candidata de usar momentos de fé para pedir votos aos fiéis.
A decisão atendeu uma ação de investigação eleitoral. Segundo o MPE, na noite de 19 de setembro a candidata pediu votos durante um culto que tinha como tema o “Setembro Amarelo Contra o Suicídio”, reunião promovida pela Confederação Nacional dos Evangélicos.
Aline Gurgel foi filmada se apresentando como candidata, e prometendo que defenderia os interesses dos fiéis. Ela também teria feito um pedido explícito de votos.
“Os fiéis foram induzidos a acreditar que, como representante daquela fé, a candidata deveria ser apoiada por eles”, diz o MPE.
A ação cita o apóstolo Clemildo Pereira, que seria responsável pela presença da candidata no evento.
“(…) O líder religioso utilizou-se de sua posição para influenciá-los em momento de íntima confraternização com sua fé, de modo que acabam sendo violados em sua liberdade de voto’’.
O MPE lembra que a legislação veda a utilização de locais de uso comum, como os templos, para a realização de propaganda eleitoral.
O Ministério Público Eleitoral já tinha expedido uma recomendação advertindo sobre campanhas em cultos e outros atos religiosos, assim como a utilização de recursos das igrejas para beneficiar candidatos.
A portal SelesNafes.Com tentou contato com a candidata Aline Gurgel na noite deste sábado (29), mas ela não atendeu as chamadas. Em caso reincidência, a candidata será multada em R$ 20 mil.
O MP Eleitoral está divulgando o número 98134-5151 para denúncias pelo WhatsApp. O denunciante enviar mensagens, fotos e vídeos. Endereços ajudarão as equipes a apurar as ocorrências com mais rapidez.
