MP-AP investiga participação de cada um dos envolvidos. Mais de 20 mandados de busca foram cumpridos pela manhã
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RODRIGO INDINHO
O prefeito de Calçoene, Jones Cavalcante (PPS), é um dos investigados da Operação Sangria, deflagrada pelo Ministério Público do Amapá (MP-AP), na manhã desta segunda-feira (24). Cavalcante e mais 40 pessoas são suspeitas de envolvimento em fraudes e irregularidades nos processos de licitações no município em diferentes áreas, como saúde, educação, serviços de limpeza e manutenção de obras.
De acordo com o MP, há a suspeita de desdobramentos do esquema em Vitória do Jari, no sul do Amapá. Com o apoio da Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal, a operação realizou 23 mandados de busca e apreensão em Macapá, Calçoene e Vitória do Jari. Os locais vistoriados foram prédios públicos e residências.
CPU’s apreendidas durante a manhã desta segunda. Fotos: Rodrigo Indinho
O promotor de Justiça e coordenador do Grupo de Atuação Especial para Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), Afonso Guimarães, explicou que a operação passa agora para a fase de análise de provas e que será comprovado ou não os procedimentos ilegais em licitações. Apesar de não haver um valor confirmado de dinheiro desviado, o MP avalia que os valores podem ter sido subtraídos de um total de R$ 10 milhões.
“O valor estimado envolvendo as licitações é de R$ 10 milhões. Não estamos afirmando que esse valor foi desviado, mas que houveram desvios”, disse o coordenador do Gaeco.
Promotor Afonso Guimarães (Gaeco): análise de provas indicará como cada um dos envolvidos participava do esquema
Guimarães disse também que a promotoria de Calçoene começou a investigação há quase dois anos.
“Há um grupo que organiza e favorece as fraudes em licitações e há os agentes públicos que recebem propina para ajudar. O responsável por licitação em Calçoene está sendo investigado”, complementou.
O promotor Afonso Guimarães disse ainda que o prefeito é investigado por ser o gestor máximo e que a operação busca saber qual a conduta de cada agente público nas irregularidades. o representante do MP não descarta o pedido de afastamento e até prisão preventiva dos envolvidos, dependendo de como se comportarão ao longo da investigação.
O portal SelesNafes.com tenta contato com o prefeito de Calçoene, Jones Cavalcante. Até o fechamento desta matéria, não obtivemos resposta.
