Com 174.215 votos (47,6%), o senador João Capiberibe (PSB) reconheceu, em entrevista para a imprensa no começo da noite, a derrota no segundo turno das eleições deste domingo (28).
O candidato socialista avaliou que os dez dias de interrupção na campanha, em virtude do imbróglio jurídico causado pela não prestação de contas do PT no primeiro turno, contribuiu para o desfecho do pleito favorável ao seu adversário, o governador reeleito, Waldez Góes (PDT).
“Avançamos muito, vencendo muitos obstáculos. Vivemos situações inusitadas às vésperas do primeiro turno. Tivemos graves prejuízos à nossa campanha, uma decisão que decretou nossos votos nulos, nossos eleitores acharam que nossos votos não valiam. Ficamos 10 dias de fora da campanha”, disse Capiberibe.
Senador João Capiberibe: obstáculos vencidos em campanha que considerou desigual Foto: reprodução/ Facebook do candidato
Para o senador, que também já ocupou o Setentrião entre 1995 e 2002, a expectativa não é boa para o Estado.
“A crise que o Amapá está vivendo é diferente da crise nacional. A sociedade partiu para outra opção, mas reconhecemos o direito democrático do povo de eleger seu governante. Insistimos na necessidade de mudança e transformação. Temos indicadores sociais preocupantes, como a mortalidade infantil, a violência e economia encolhida. Não vemos perspectivas de melhoria desses indicadores.”, complementou.
Por fim, o político avaliou que obteve um resultado fantástico e que, se fosse um pleito em condições de igualdade, o resultado seria diferente
“Levamos uma grande desvantagem na disputa. Mesmo com o poder da máquina, o povo deu uma resposta maravilhosa. Tivemos manifestação de carinho do povo em toda a campanha. Onde íamos, eramos muito bem recebidos. Travamos o bom combate, fizemos uma luta bonita”, disse.
Sobre o futuro, a única declaração de Capiberibe foi sobre “aglutinar e reunir forças”, sem falar se pretende disputar as eleições municipais de 2020 e o que fará a partir de janeiro, quando encerra seu mandato de senador.
