Ação “Fazendo o bem, sem olhar a quem” foi pensada por amigos no Facebook
Compartilhamentos
ANDRÉ SILVA
Com apoio de um amigo, um jovem do Amapá decidiu dar o exemplo: com recursos próprios, preparou muita comida e decidiu doar a moradores de rua em um projeto que ele pretende levar adiante mais vezes. Durante a primeira experiência, no primeiro fim de semana de outubro, o estudante afirma ter passado por uma sensação espiritual.
Para não ser reconhecido e poder criar um relacionamento com o público alvo, ele se veste de mendigo. Segundo o jovem, uma medida adotada para evitar insinuações de autopromoção.
Inácio Cardoso é estudante de Gestão de Recursos Humanos. Ele se veste de mendigo para distribuir comida. Fotos: Divulgação
Inácio Cardoso, de 26 anos, é estudante de Gestão de Recursos Humanos. Ele disse que a ideia surgiu depois de uma brincadeira que fez com amigos no Facebook. Assim nasceu o projeto social “Fazendo o bem, sem olhar a quem”.
O local escolhido pelo estudante foi o Largo dos Inocentes, localizado atrás da Igreja de São José, no Centro da capital amapaense. Acompanhado do amigo Ramon Cardoso, ele conversou e deu comida a moradores de rua.
Em uma das primeiras abordagens naquela noite, ele conta que sentiu algo muito diferente. Um rapaz que, segundo ele, estava sem comer há muitas horas daquela sexta-feira, 5 de outubro, foi o primeiro a receber o alimento. O estudante descreveu a aparência dele como uma pessoa muito triste e sofrida.
“Parece que ele estava esperando a gente. Comeu, pediu para repetir. Tomou a água dele e foi embora. Eu também aproveitei para comer um pouco, foi o tempo de eu virar de costas e ele sumiu. Então conto para as pessoas que eu tenho quase certeza que esse cara era Jesus Cristo”, narrou o estudante, em tom de brincadeira.
Primeira ação foi no Largo dos Inocentes, no Centro de Macapá
A alimentação foi toda custeada por ele e dois amigos. O preparo ficou por conta do estudante e de sua mãe. Inácio Cardoso disse que quer repetir a experiência porque se sentiu muito bem em ajudar alguém que nunca viu.
“A gente se sente bem fazendo isso e é uma lavagem no nosso espírito. Vai ter outras vezes porque os amigos abraçaram a causa e agora a intenção é só crescer cada vez mais”, prometeu.
