Celebrações teriam sido orquestradas por uma facção criminosa na noite de segunda-feira (23) em Macapá. Imagem mostra abordagem da Força Tática a uma dessas comemorações denunciadas.
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Por RODRIGO ÍNDIO
A polícia investiga supostos atos coordenados de apologia ao crime organizado que teriam sido orquestrados no início da noite de segunda-feira (23) em Macapá por uma facção criminosa.
Diversas denúncias chegaram até o 190 e redes de conversações por aplicativo da PM relatando uma grande queima de fogos em bairros da capital do Amapá feita por membros da facção em comemoração à data de criação do grupo criminoso.
Vídeos circulam nas redes sociais, corroborando com as suspeitas.
Além dos rojões, a “celebração” contou ainda aglomerações em locais fechados e com bolo comemorativo. Em quarentena por causa das restrições de circulação de pessoas como prevenção ao contágio do novo coronavírus, a população ficou curiosa sobre do que se tratava e começou a denunciar.
Logo a informação ganhou a web e gerou memes e debates. Unidades da PM que atuavam no horário para fazer cumprir as medidas de prevenção ao coronavírus verificaram as denúncias. Na zona leste de Macapá, algumas aglomerações descritas se confirmaram.
Fotos de uma ação feita pelo Batalhão de Força Tática mostram abordagens que ocorreram na avenida José Tupinambá, no Perpétuo Socorro, e na passagem Rio Grande do Norte, no bairro Cidade Nova – ambos na zona leste de Macapá.
Segundo o tenente Silva Lima, da Força Tática, nestes locais havia um consumo intenso de entorpecentes. Na chegada das equipes, os suspeitos se desfizeram do material.
“Foi uma abordagem. Muitos ali já tinham passagem pela polícia, mas não haviam foragidos. A ação foi em decorrência de denúncias feitas por 190 por consumo de entorpecentes e perturbação”, detalhou o militar.
Não foi informado se alguém foi conduzido para a delegacia. A Polícia Militar enfatizou que ações como está ocorreram efetivamente em todo o Amapá.
Sobre as imagens do bolo comemorativo à criação do grupo criminoso, a polícia ainda não informou se vai investigar se o empreendimento supostamente responsável pela confecção cometeu apologia ao crime organizado.
