Centenas de ex-servidores do governo do Amapá tentam descobrir porque ainda não conseguirem ter aprovado o auxílio emergencial de R$ 600 do governo federal. Eles alegam estar desempregados, e mesmo assim consta na análise da Caixa Econômica Federal que ainda possuem vínculos empregatícios.
Os trabalhadores prestaram serviços para o governo por meio de contratos administrativos entre 2018 e 2019.
“Pessoas que trabalharam no contrato aparecem vinculadas ao sistema do INSS e Ministério do Trabalho. Com isso, todos os auxílios foram reprovados na análise da Dataprev”, explica Emerson Luimar Camilo Farias, que trabalhou como auxiliar administrativo. Ele está desempregado desde dezembro de 2019.
Os trabalhadores se organizaram num grupo de WhatsApp com mais de 100 para se mobilizar na tentativa de encontrar uma solução.
“Já tentamos contato com a Sead, só que eles perdem para enviar um e-mail e aguardar o retorno. Já faz semanas que enviamos e-mails e não temos retorno”, explica.
Procurada, a secretária de Administração do Amapá, Suelen Amoras, confirma o problema, e garante que o número de trabalhadores nessa situação é muito grande. Por isso, durante todo o feriado prolongado, houve uma mobilização na gestão para tentar resolver o problema.
“Fizemos consulta ao Ministério do Trabalho sobre o assunto que nos encaminhou para o Ministério da Cidadania. Estamos solicitando que se manifeste sobre qual base está usando para pesquisar e analisar os pedidos de benefícios”, explicou ela.
Auxílio começou a ser pago na semana passada. Fotos: Rodrigo Índio
“Trabalhamos desde a semana passada para identificar o que estava ocorrendo, e fomos orientados a reenviar a GFIP (guia de FGTS e informações previdenciárias) de alguns meses. Já fizemos isso no sistema da folha de pagamento e enviamos a PGE que já está encaminhando. Trabalhamos o feriado e o final de semana nesta missão”.
Suelen ficou de informar publicamente quando houver um encaminhamento positivo do problema.
