A direção do PSL no Amapá anunciou, nesta quarta-feira (24), apoio à candidatura de Waldez Góes (PDT) na corrida pelo governo do Estado. A declaração foi uma surpresa após o posicionamento de neutralidade defendido pelo ex-candidato ao governo do Estado, Cirilo Fernandes.
“(…) Nosso comandante maior e futuro presidente do Brasil, o capitão Jair Bolsonaro, diz que decisões tem consequências, e indecisões mais ainda”, diz o presidente da legenda no Estado, Sharon Braga (foto acima).
Dois dias depois do primeiro turno da eleição, Cirilo Fernandes declarou que, particularmente, não apoiaria Waldez ou Capiberibe (PSB). Cirilo teve 45.197 votos, o equivalente a 11,38% dos votos válidos, o que o deixou em quarto lugar na disputa.
Cirilo Fernandes havia declarado neutralidade. Foto: Arquivos/SN
Num comunicado oficial, o PSL orientou todos os filiados e simpatizantes a impedir que um possível governo “dotado de carga comunista e socialista se instale novamente no mais alto posto do poder executivo estadual”.
“Portanto, orientamos a todos os filiados e amigos bolsonarianos a não votarmos em comunistas, e para impedir que o atraso se instale no Amapá por mais 4 anos, estamos declarando apoio a Waldez Góes, do PDT”.
“Bolsonariano não vota em comunista”, concluiu a carta assinada pela direção do PSL.
Militantes do PSB passaram a manhã nas redes sociais desmentindo o apoio do partido de Bolsonaro a Waldez. Ouvido pelo Portal SelesNafes.Com, Sharon Braga ratificou o conteúdo do comunicado.
“Isso foi acertado por cima”, garantiu, referindo-se a um diálogo com a direção nacional do partido. “Comunista no governo, não”, finalizou.
Já o movimento independente de apoio a Bolsonaro no Amapá, declarou neutralidade.
