Silvia Waiãpi (PL) participou ativamente dos atos em Brasília; colegas de parlamento reagiram
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Atualizado às 12h25
Por SELES NAFES
“Acabamos de tomar o poder. Estamos dentro do Congresso. Isso vai ficar pra história. Entramos, agora a gente não sai mais”. As frases eufóricas são de um vídeo compartilhado pela deputada federal bolsonarista Silvia Waiãpi (PL), durante os atos de vandalismo nas sedes dos 3 Poderes, em Brasília, neste domingo (9). O brado retumbante foi postado por ela própria em suas redes sociais, mas ela não teria feito parte do movimento, como foi divulgado mais cedo.
A invasão ao Congresso Nacional, STF e Palácio do Planalto, símbolos do Legislativo, do Judiciário e do Executivo, ocorreu na tarde deste domingo e deixou a nação paralisada. Os atos violentos terminaram com centenas de prisões e um gigantesco prejuízo.
O grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro não aceita o resultado das eleições presidenciais, mas não contesta a eleição de deputados federais, senadores e nem de governadores.
Nos primeiros momentos da invasão, os manifestantes subiram no teto do Congresso, e Silvia Waiãpi aplaudiu o ato nas redes sociais contra o “governo vermelho”. Ela é investigada pelo Ministério Público Eleitoral por desvio de dinheiro do Fundo de Financiamento de Campanha, “fundão”. Ela é acusada de ter usado o recurso para um procedimento de harmonização facial que custou R$ 9 mil.
Deputada é investigada por desvio do fundo eleitoral. Foto: Reprodução Facebook
A reação à Silvia foi imediata. O deputado federal Dorinaldo Malafaia (PDT-AP) disse que irá levar o caso ao Conselho de Ética da Câmara Federal.
“Prefere ajudar tentativas de golpe terrorista, do que reconstruir a nossa democracia. Assim que assumir, representarei contra ela no Conselho de Ética da Câmara”, anunciou o parlamentar também em redes sociais.
Reação igual teve o deputado federal também pelo PDT, Josenildo Abrantes.
“Meu primeiro ato como deputado federal será entrar com uma representação em conjunto com o deputado Dorinaldo Malafaia, no Conselho de Ética contra a senhora Silvia Nobre, que deveria defender a Constituição e não ataca-la, como fez hoje”.
