Fotos: DivulgaçãoEle cria 68 cachorros em uma chácara na cidade de Oiapoque, a 590 km de Macapá.
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Por HUMBERTO BAÍA, de Oiapoque
É nos arredores do perímetro urbano de Oiapoque, a 590 km de Macapá, que um autêntico herói tem chamado a atenção por seu enorme coração.
Vicente Espiace, um senhor de 59 anos, conhecido como Galo, é natural da cidade de Cambé, no Paraná. Há 30 anos, ele cruzou o país para salvar a vida de dezenas cachorros vítimas de maus-tratos e abandono.
Ele usa a sua pequena chácara como refúgio para os desamparados animais. Tudo começou quando ele era taxista e percebeu a grande população de cães abandonados nas ruas de Oiapoque.
Atualmente ele cria 38 animais
Foi então que decidiu comprar o local fora do conturbado ambiente da cidade para oferecer abrigo aos “leais amigos”, como ele descreve os cães.
“No início não foi nada fácil, sem ajuda do poder público ou particular para manter os animais”, relembra Galo, que chegou a cuidar de 70 animais, e se desdobra para providenciar alimento aos seus protegidos.
A história dele ganhou mais visibilidade esta semana, depois que o delegado Charles Correa foi a sua chácara levar três cachorros resgatados desnutridos de uma casa em Oiapoque. O delegado ficou admirado com a generosidade de Vicente com os animais e gravou um vídeo, que viralizou nas redes sociais.
Seu Vicente conta …
… com ajuda comerciantes e policiais para acolher os animais
As autoridades policiais de Oiapoque frequentemente recebem denúncias de crueldade contra os animais, e é aí que entra em cena Galo. Animais à beira da morte são trazidos às pressas para seu abrigo, onde ele inicia a reabilitação.
Nos casos de abandono por parte dos tutores, os cães são resgatados das ruas. Surpreendentemente, meses depois, esses mesmos donos arrependidos batem à porta do abrigo.
Animais eram maltratados e abandonados
Hoje em dia, a população de animais desamparados diminuiu consideravelmente, graças ao esforço de Galo. Atualmente, ele acolhe e cuida de 68 animais em sua chácara. Vicente conta com ajuda de comerciante, policiais e bombeiros par alimentar os bichos.
